1 de Janeiro 2023

Viridius Technology

A partir da observação dos desafios enfrentados pelos produtores – escassez de mão-de-obra, dificuldades nos trabalhos de colheita e na gestão de desperdícios, altos custos de produção – a empresa Viridius Technology desenvolveu uma solução tecnológica aplaudida, em 2022, no Prémio de Empreendedorismo e Inovação CA: um sistema autónomo de colheita de framboesa para o mercado de frescos, combinando robótica, inteligência artificial e machine learning

Melhorar o acesso global aos alimentos frescos a partir de uma sofisticada base tecnológica desenvolvida na própria empresa é o propósito da Viridius Technology. A jovem start-up portuguesa, liderada por Afonso Santos, alia conhecimento e competências de engenharia a uma forte dinâmica de relação com o universo tecnológico, junto de especialistas da indústria e de entidades de impacto mundial. O CEO da Viridius sublinha que os argumentos da empresa têm como ponto de apoio “uma equipa com historial na origem de projectos empreendedores no sector de Agtech [agrotecnologia], motivada para melhorar o acesso global aos alimentos frescos”. Afonso Santos faz saber que as novas soluções em desenvolvimento pela Viridius prometem “revolucionar o modo de produção de comida fresca”. Assim acontece com o seu Sistema Autónomo para a Colheita de Framboesa, solução tecnológica distinguida, em 2022, com a Menção Honrosa Jovem Empresário Rural no Prémio de Empreendedorismo e Inovação CA.

A inovação do projecto reside na combinação de robótica, inteligência artificial e machine learning para criar sistemas de colheita autónomos eficientes, reduzindo custos e desperdícios. “A tecnologia proprietária e o gerenciamento de dados optimizam as colheitas, detectam doenças, racionalizam o consumo de água e diminuem o desperdício de produtos”, detalha o CEO da empresa. Além disso, os serviços da Viridius mitigam o impacto social na agricultura e proporcionam melhores condições de trabalho aos Colaboradores. O projecto em apreço está em linha com seis Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, designadamente Fome Zero, Trabalho Decente e Crescimento Económico, Indústria, Inovação e Infra-estrutura, Consumo e Produção Responsáveis, Acção contra a Mudança Global do Clima e Cidades e Comunidades Sustentáveis. “Os nossos sistemas atenuam impactos sociais, ambientais e económicos em toda a cadeia de valor, tornando frutas frescas acessíveis à população. Fornecemos aos agricultores ferramentas de alta tecnologia para melhorar sua produtividade, ajudando a agricultura a evoluir para uma indústria socialmente responsável, aproximando as colheitas dos consumidores finais e diminuindo as emissões de CO2 associadas a este contexto produtivo”, assinala Afonso Santos.

Os próximos passos da agenda do projecto que visam a entrada no mercado, e que serão movidos por um investimento cujo levantamento de capital ainda se encontra em curso, incluem a expansão da equipa, aprimoramento do piloto técnico, lançamento de um serviço pago e a entrada em novos mercados, como o Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Austrália. Ao espreitar o fio do horizonte, a Viridius pretende “crescer e tornar-se um player essencial no mercado mundial da framboesa fresca e, a partir daí, ser uma referência global na produção de outras frutas, legumes e fungos frescos”. Nesse sentido, está a trabalhar para conseguir uma posição estratégica em geografias relevantes do ponto de vista da afirmação de soluções tecnológicas competitivas, potenciando, noutras latitudes, a visão da empresa em “trazer a produção de comida fresca para perto dos consumidores”. Numa relação filial dos seus fundadores com o sector agrícola, materializada num histórico de projectos tecnológicos, a Viridius vê na distinção do Prémio CA “o reconhecimento do potencial do projecto e do impacto que pode gerar na respectiva fileira, impulsionando o crescimento e a expansão da empresa”. Uma ideia, uma solução tecnológica com tudo para dar frutos.