No negócio bancário, o resultado líquido foi positivo em 147,6 milhões de euros em 2017, o que compara favoravelmente com o resultado de 2016 que se cifrou nos 72,1 milhões de euros.

Em 2017, verificou-se um aumento da margem financeira, um aumento nas comissões líquidas influenciado pelo reforço da oferta de produtos e serviços complementares (ex. seguros vida e não vida, negócio internacional, FIM, FII), e um aumento das mais-valias obtidas em activos financeiros, efeitos que, conjugados, se traduziram numa variação homóloga de 58,1 milhões de euros (+12,2%) no produto bancário.

A margem financeira alcançou os 290 milhões de euros, o que representa um crescimento homólogo de 13,7 milhões de euros (+5,0%) e que reflecte:
- Efeito-volume positivo resultante do crescimento do crédito e efeito-preço negativo resultante da redução de spreads de crédito que, no global, tiveram um impacto negativo de 9,7 milhões de euros;
- Efeito-volume positivo resultante do crescimento da carteira de títulos e efeito-preço negativo resultante da redução dos juros que, no global, tiveram um impacto positivo de 6,6 milhões de euros;
- Efeito-volume negativo resultante do acréscimo de depósitos de clientes e de outras instituições de crédito / bancos centrais e efeito-preço positivo resultante da redução das taxas de remuneração dos novos depósitos e das renovações que, no global, tiveram um impacto positivo de 16,2 milhões de euros.
O produto bancário beneficiou do crescimento verificado nas comissões líquidas que, em 2017, se fixaram em 148 milhões de euros, o que se traduziu num crescimento de 9,9 milhões de euros (+7,2%) face ao observado em 2016. Acresce que o crescimento de 58,1 milhões de euros face a 2016 registado no produto bancário é, em parte, justificado pelos resultados obtidos em operações financeiras (+34,4 milhões de euros).
Verificou-se um crescimento nos custos de estrutura para os 316 milhões de euros, tendo estes aumentado cerca de 3,1 milhões de euros em termos homólogos. Esta evolução é explicada pelo aumento de 2,5 milhões de euros dos gastos gerais administrativos e de 1,3 milhões de euros nos custos com pessoal (que passaram de 175 milhões de euros em 2016 para 177 milhões de euros em 2017). O agravamento dos custos com pessoal resultou, em parte, da recomposição de titulares em funções de administração e fiscalização para os novos mandatos, em cumprimento da regulamentação sobre os requisitos de adequação daqueles titulares.

Relativamente à cobertura do crédito vencido total por provisões e imparidades, o Crédito Agrícola manteve em 2017 um rácio de provisionamento de 125,5%. Importa referir que, entre 2016 e 2017, o rácio de crédito vencido total reduziu 0,8 p.p. dos 6,3% para os 5,5%.
