Crédito Agrícola com resultado positivo de 46,9 Milhões de Euros em Junho de 2017

PRINCIPAIS DESTAQUES

  • A economia portuguesa cresce ao ritmo mais elevado dos últimos 17 anos , mas, apesar desta expansão do produto interno bruto (PIB), o processo de redução de alavancagem por parte de agentes económicos públicos e privados e a escassez de investimento produtivo têm vindo a condicionar a procura de crédito com reflexo no sistema bancário como um todo.
  • Neste contexto, no primeiro semestre de 2017, o Grupo Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido consolidado de 46,9 milhões de euros, para o qual o negócio bancário (SICAM) contribuiu com 43,6 milhões de euros (+ 90% face ao período homólogo).
  • Em 30 de Junho de 2017, a carteira de crédito (bruto) a clientes do Grupo Crédito Agrícola ascendeu a 9,017 mil milhões de euros, uma variação positiva de 5,7% nos últimos 12 meses que contrasta com a variação negativa de 3,8% registada pelo conjunto das instituições financeiras em Portugal para o mesmo período. A evolução positiva nas variáveis-chave de actividade bancária esteve associada a uma dinâmica muito positiva do Crédito Agrícola em todas as áreas de negócio.
  • Com referência a 30 de Junho de 2017 e de acordo com as regras CRD IV/CRR phased-in a que se encontra sujeito, o Grupo Crédito Agrícola apresenta um confortável nível de solvabilidade consubstanciado pelo rácio common equity tier 1 (CET1) de 13,06%, valor francamente superior aos níveis mínimos recomendados.

 

DESEMPENHO DO GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA NO 1º SEMESTRE DE 2017

  • No primeiro semestre de 2017, o Grupo Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido consolidado de 46,9 milhões de euros para o qual o negócio bancário (SICAM) contribuiu com 43,6 milhões de euros (+ 90% face ao período homólogo).
  • Em 30 de Junho de 2017, a carteira de crédito (bruto) a clientes do Grupo Crédito Agrícola ascendeu a 9,017 mil milhões de euros, uma variação positiva de 5,7% nos últimos 12 meses que contrasta com a variação negativa de 3,8% registada pelo conjunto das instituições financeiras em Portugal para o mesmo período. Este facto terá contribuído para o reforço de quota de mercado do Grupo Crédito Agrícola num movimento que se verifica nos últimos 6 anos consecutivos.
  • Em Junho de 2017, os recursos de clientes sob a forma de depósitos bancários totalizaram 11,9 mil milhões de euros, evidenciando um crescimento, em termos homólogos, de 7,3% correspondente a 815 milhões de euros. Este aumento de recursos contribuiu para o aumento do rácio de transformação que, no final do período, ascendia a 70,0%, ainda assim significativamente abaixo do limiar máximo de transformação recomendado (120%).
  • A evolução positiva nas variáveis-chave de actividade bancária esteve associada a uma dinâmica muito positiva do Crédito Agrícola em todas as áreas de negócio.
  • Em termos de qualidade da carteira de crédito do Grupo Crédito Agrícola, o rácio de crédito vencido há mais de 90 dias em Junho de 2017 situou-se nos 5,9% e o rácio de crédito em risco (segundo instrução 24/2012 do Banco de Portugal) fixou-se em 9,1%.
  • O Grupo tem vindo a dar continuidade a uma gestão sã e prudente, reflectida num total de imparidades acumuladas a Junho de 2017 de 674 milhões de euros, valor que confere um folgado nível de cobertura do crédito vencido de 122,5%.
  • Em termos de composição do produto bancário, a margem financeira aumentou 2,5 milhões de euros em termos homólogos (+ 1,5%), fruto do crescimento da carteira de crédito e do ajustamento na remuneração dos depósitos de clientes. Complementarmente, as comissões líquidas e a margem técnica do negócio segurador registaram variações homólogas de +4,8 milhões de euros (+11,8%) e de -0,2 milhões de euros (-2,6%), respectivamente.
  • A rentabilidade alcançada pelo Grupo Crédito Agrícola a Junho de 2017 (+7,2% de ROE) espelha os resultados positivos conseguidos nas diferentes componentes do Grupo (Caixas Agrícolas, Caixa Central, companhias de seguros vida e não vida e gestão de activos e fundos de investimento), sendo de assinalar os contributos positivos de 4,3 milhões de euros da CA Vida, de 2,1 milhões de euros da CA Seguros e de 0,1 milhões de euros da CA Gest.
  • Nos primeiros 6 meses de 2017, os resultados registados nos veículos de desinvestimento imobiliário(nomeadamente via desvalorização de unidades de participação) penalizaram os resultados consolidados em 11,0 milhões de euros.
  • Com referência a 30 de Junho de 2017 e de acordo com as regras CRD IV/CRR phased-in a que se encontra sujeito, o Grupo Crédito Agrícola apresenta um confortável nível de solvabilidade consubstanciado pelo rácio common equity tier 1 (CET1) de 13,06%, valor francamente superior aos níveis mínimos recomendados.


OUTROS ASPECTOS RELEVANTES DA ACTIVIDADE

  • O Crédito Agrícola, único banco a operar em Portugal filiado no sector bancário cooperativo europeu (que integra alguns dos maiores bancos mundiais), é um Grupo de referência no sistema bancário português , com capitais exclusivamente nacionais, do qual fazem parte um conjunto de empresas financeiras, entre as quais as seguradoras CA Vida e CA Seguros, e que apresenta uma oferta universal de produtos e serviços financeiros e de protecção.
  • O Grupo CA, através da implementação de uma estratégia coordenada entre os 82 bancos regionais que o compõem, prossegue empenhado em dinamizar a economia das cidades e vilas e em contribuir para a coesão social e territorial de Portugal.
  • Fruto da sua missão de desenvolvimento regional e da sua vocação de banco de proximidade, o Grupo CA apresenta actualmente a maior rede bancária em Portugal com 670 agências tendo, em termos líquidos, reduzido apenas 5 agências nos últimos 12 meses.

 

PRINCIPAIS INDICADORES CONSOLIDADOS DO GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA

 

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

Indicadores consolidados do Grupo CA

Jun.2016

Jun.2017

Δ Abs. 17/16

Δ % 17/16

Balanço

Activo líquido total

16.025

17.440

1.415

8,8%

Crédito a clientes total (bruto)

8.530

9.017

486

5,7%

do qual: Crédito a empresas e administração pública (bruto)

4.326

4.661

335

7,7%

Recursos de clientes no balanço

11.095

11.911

815

7,3%

Imparidades e provisões acumuladas

858

674

-184

-21,5%

Provisões técnicas de contratos de seguros

1.667

1.429

-238

-14,3%

Situação líquida

1.194

1.298

104

8,7%

Recursos fora do balanço

2.288

2.187

-101

-4,4%

Resultados

Resultado líquido consolidado

2,4

46,9

44

1836,2%

do qual: Resultado líquido do negócio bancário (SICAM)

22,9

43,6

21

90,0%

do qual: Empresas Seguradoras (CA Vida e Seguros)

5,0

6,5

2

30,3%

do qual: Veículos de Investimento imobiliário1

-47,6

-11,0

37

-76,9%

do qual: Outros

22,1

7,8

-14

-64,7%

Margem financeira

166,8

169,2

2

1,5%

Margem técnica da actividade de seguros

6,6

6,4

0

-2,6%

Comissões líquidas

40,9

45,7

5

11,8%

Produto bancário

206,4

242,0

36

17,2%

Custos de estrutura

163,2

163,8

1

0,4%

Imparidades e provisões do exercício

25,5

14,4

-11

-43,4%

Principais rácios

Rácio de transformação2

69,1%

70,0%

0,9 p.p

n.a.

Rácio de crédito vencido há mais de 90 dias

7,7%

5,9%

-1,8 p.p.

n.a.

Rácio de crédito de risco

11,3%

9,1%

-2,2 p.p.

n.a.

Rácio de cobertura do CV

127,5%

122,5%

-5,0 p.p.

n.a.

Custos operacionais / Produto bancário

79,1%

67,7%

-11,4 p.p.

n.a.

Rentabilidade do activo (ROA)

0,03%

0,54%

0,5 p.p.

n.a.

Rentabilidade dos capitais próprios (ROE)

0,4%

7,2%

6,8 p.p.

n.a.

Rácio common equity tier I (phased-in)3

12,8%

13,1%

0,3 p.p.

n.a.

# agências bancárias

675

670

-5

-0,7%

1 Fundos imobiliários e CA Imóveis, Unip.Lda.

2 Rácio calculado segundo a Instrução 23/2012 do BdP, determinado pelo quociente entre crédito líquido concedido a clientes e depósitos de clientes.

3 Rácio com referência a 30.Jun.2016 (não incorporando o resultado gerado no período).