1 de Janeiro 2020

Oeste Fértil

Manhã de sol na Lourinhã. À porta da Agriloja, na Quinta Maria Gil, o administrador Luís Jorge, 62 anos, engenheiro técnico agrário, defronte de uma luz acutilante que até parece antecipar o Verão, semicerra os olhos e esboça um sorriso no momento de nos receber para a reportagem.

O nosso anfitrião é Cliente do Crédito Agrícola há 30 anos, tantos quantos tem de actividade a Fertiloeste*, referência no comércio de produtos que servem o sector agrícola e a agroindústria.

Nos idos anos 90, quando o Grupo Agrinda – hoje agregador da rede de lojas Agriloja e AgriPro – estava ainda longe de se constituir, Luís Jorge concentrava então as suas atenções nos primeiros passos da Fertiloeste, com loja inaugural na Lourinhã e outra, anos mais tarde, em Torres Vedras, apresentando como argumentos de venda iniciais a expertise da marca nos agroquímicos e nas sementes, referências desde logo associadas à denominação social da empresa. Entretanto, o mercado foi evoluindo e, com ele, surgindo oportunidades de negócio que permitiram, gradualmente, o alargamento e a valorização do portefólio. De caminho, a abertura de novos horizontes e outras frentes para o investimento.

Actualmente com interesses dispersos no sector, Luís Jorge continua a ter na Fertiloeste a matriz, a jóia da coroa dos seus negócios. A começar por esta unidade Agriloja, na Quinta Maria Gil. Numa avaliação mais ampla, virando precisamente a agulha para o que, hoje por hoje, representa a marca Agriloja no contexto do Grupo Agrinda, no qual o nosso interlocutor tem igualmente participação nos respectivos capitais, estamos perante um universo de lojas cuja oferta supera já as 20 mil referências – e entre elas, a bricolage vai ganhando espaço – tudo isto apoiado numa grande equipa de Colaboradores que ultrapassa os 450. “Geograficamente falando, a Agriloja assinala, para além da Lourinhã, a presença em Chaves, Almeirim, Tomar e Évora, entre outras cidades, sendo que nas Regiões Autónomas, depois de chegarmos aos Açores, concretamente à Ribeira Grande, temos agora também uma loja na Madeira, que inaugurámos no início de Fevereiro.

Queremos continuar a crescer, se possível, ao mesmo ritmo dos últimos tempos, ou seja, abrindo duas a três lojas por ano”. Ao passar em revista os momentos-chave de um percurso globalmente bem-sucedido, Luís Jorge orgulha-se de as suas empresas, a começar pela Fertiloeste, todas elas a trabalharem bem afinadas como um “relógio suíço”. Sinal de que os investimentos sempre afinaram pela mesma bitola – a da prudência. Assim se explica um português orgulhoso da sua terra, do seu trabalho e da obra feita, que se confessa sonhador na conta certa e, talvez por isso, um “optimista realista”. Traços de uma personalidade que se depuram com o tempo e a experiência da vida. E que o fazem pensar, sem pressas, na possibilidade de retomar o caminho da internacionalização, que num passado não muito distante lhe deu frutos em Espanha. “A ver… vamos”, anuncia, sereno e sorridente. E se algo acontecer, Luís Jorge logo verá com o seu parceiro financeiro de referência – o Crédito Agrícola.

*Cliente do Crédito Agrícola da Lourinhã