1 de Janeiro 2019

O Dinheiro Tem Muito para Contar...

Orçamento do Estado

Um orçamento é uma ferramenta essencial para gerir as finanças das famílias. Das famílias, das empresas ou do Estado. Dito isto, o Orçamento do Estado é o maior de Portugal e ele é muito importante. Não só porque autoriza oficialmente e legalmente os agentes do Estado a praticarem as despesas públicas, como também a arrecadarem a receita. E também  importante porque muitas vezes modifica o próprio comportamento das pessoas. Um exemplo: se subirem os impostos sobre o tabaco, as pessoas tenderão a fumar menos... Perguntar-se-á: e quais são as principais receitas? São as receitas de natureza fiscal, sendo que os principais impostos são o IVA, que é o maior, o IRS e o IRC. Na totalidade, cobrem 80% da receita fiscal de Portugal. E as despesas? As maiores despesas são da Segurança Social, da Saúde ou da Educação, e ainda os Juros. No total, estas quatro rubricas perfazem mais de 70% da despesa do Estado. 

Inflação

A inflação é exactamente isso: o aumento sustentado dos preços numa economia durante um determinado período de tempo. Imagine que vem a uma rua e compra um bem, um artigo, de cada espécie em todas as lojas e repete essa compra um ano depois. Se num ano gastou 100 mil euros e se no ano seguinte gastou para a mesma coisa 102 mil euros, a inflação seria de 2% ao ano. É assim que se mede a inflação, através de um cabaz, um índice, e quem o faz em Portugal é o INE, na Europa o Eurostat. Neste momento, a inflação em Portugal anda por 1,6% ao ano, enquanto que na Europa está em 1,4%. A quase sobreposição destes dois indicadores é muito importante porque o BCE, ao tomar as medidas de política monetária para defender a inflação na Europa, assim está a tomá-las para defender a inflação em Portugal.

Acções

Há 25 anos teria valido a pena investir em acções? Sim, sem dúvida. Estavamos num tempo em que haveria… tempo para recuperar se houvesse uma oscilação grande de cotações, como aliás aconteceu. Por exemplo, se há 25 anos tivéssemos investido 1.000 euros numa carteira diversificada de acções portuguesa, hoje teríamos mais ou menos 3.300 euros, o que dá uma taxa de rendibilidade aproximada de 5% ao ano para todo este prazo. E hoje seria recomendável esse investimento? Sim, com algumas particularidades. Em primeiro lugar, é avisado não pôr todo o dinheiro em acções. Em segundo lugar, para um horizonte temporal de investimento dilatado, a ideia é recuperar se houver algum percalço. E por último, fazer de modo diversificado será sempre conveniente, isto é, investindo em vários títulos simultaneamente e ajustando o risco da carteira ao nosso próprio perfil de risco.