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Para Mim
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Os Clientes, os Associados e os Colaboradores, desde logo, e definitivamente as comunidades e os territórios, no eixo de uma relação de proximidade que só as Caixas Agrícolas sabem estabelecer, promover, continuar. Uma sólida ponte de diálogo que dá primazia à excelência, à transparência, à disponibilidade e à sustentabilidade bem assente nos seus pilares. Num mundo em constante mudança, a capacidade de adaptação e de inovação do único Grupo financeiro cooperativo português abre caminho ao futuro. Estes são argumentos e coordenadas que orientam o novo Conselho de Administração Executivo da Caixa Central, no início do mandato de três anos (2025-2027). Tem a palavra o novo presidente do Grupo Crédito Agrícola, Sérgio Raposo Frade, 49 anos, economista.
Considerando os diferentes stakeholders na esfera do Grupo CA, que mensagem inicial gostaria de lhes dirigir?
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a confiança depositada pelas Caixas Associadas na lista apresentada às eleições em Maio passado, nomeadamente em relação ao Conselho de Administração Executivo. É com profundo sentimento de responsabilidade e grande honra que aceitei este desafio e, em nome do CAE, declaro o nosso compromisso de tudo fazer para estar à altura das expectativas das Caixas Associadas. A mensagem seguinte é dirigida aos nossos Clientes e Associados, a quem reafirmo o compromisso colectivo com a excelência e a proximidade. Tudo faremos para continuar a merecer a sua confiança e a sua preferência. Acresce uma mensagem também ela especial para a equipa Crédito Agrícola. Cada um dos membros dos órgãos sociais das Caixas Associadas, Caixa Central e Empresas, e respectivos Colaboradores do Grupo, são a força motriz do desenvolvimento, continuidade e sustentabilidade a médio e longo prazo do universo Crédito Agrícola. Contamos com cada um, com o seu contributo individual e colectivo, para continuar o percurso de sucesso que temos vindo a construir em conjunto. Finalmente, aos demais stakeholders, investidores, supervisores, agências de rating, contrapartes e parceiros, gostaria de reiterar o nosso compromisso com a transparência e a disponibilidade que nos caracterizam, pedras de toque na construção de relações justas e na criação de valor sustentável.
Que ideias-chave se elevam ao topo da sua estratégia?
A ideia é manter-nos fiéis aos nossos valores e à nossa missão. São inúmeros os desafios que temos pela frente numa indústria em profunda transformação, ao nível das soluções tecnológicas e das expectativas dos Clientes, mas também aos níveis operacional e regulamentar. A nossa capacidade de adaptação e de inovação serão fundamentais para superar esses desafios e, na mesma linha, as oportunidades que vão surgindo. Adicionalmente, estaremos atentos às necessidades de investimento nos nossos canais, na melhoria das nossas operações e processos e, necessariamente, nas nossas pessoas. Considero que o rumo traçado há cerca de dois anos se mantém actual, mas naturalmente que o revisitaremos no período de planeamento e orçamentação que está em curso.
Dezanove anos ao serviço do Crédito Agrícola, 12 dos quais já como administrador da Caixa Central. O que releva desse percurso – desde logo em capital de experiência e conhecimento – que, a partir de agora, enquanto presidente do Grupo CA, vai querer rendibilizar?
É verdade, conheço bem o Grupo. Nestes 19 anos, que passaram a correr, tive a sorte de ir tendo a oportunidade de fazer coisas muito diferentes e bastante enriquecedoras: fusões e aquisições, projectos de assessoria de gestão ou financeira à Caixa Central, além de operações de corporate e project finance em diversos sectores de actividade. A partir de 2007, também em representação da Caixa Central, estive na constituição e integrei a administração da primeira sociedade gestora de fundos imobiliários florestais, em Portugal, criada em parceria com o Estado e outras instituições financeiras, experiência essa que se estendeu a PME, enquanto representante de fundos de capital de risco sob gestão do Grupo Crédito Agrícola. Em relação ao exercício de funções executivas e não executivas em órgãos de gestão do Grupo, destacaria os dois anos (2011 e 2012) como vogal do Conselho de Administração da CA Gest, e, mais recentemente, os últimos 12 anos no CAE da Caixa Central – tudo somado, foram tempos, responsabilidades e desafios que me permitiram ter contacto com várias perspectivas dos diferentes stakeholders. Retiro desta experiência três ensinamentos-chave. Em primeiro lugar, quem é chamado a integrar um órgão de administração deve ter a capacidade de medir e ponderar os vários interesses e balancear as perspectivas que se colocam no momento de decidir. Depois, uma decisão colectiva, tomada em equipa e que congregue várias perspectivas, é tendencialmente mais robusta. Por fim e, provavelmente, o mais importante de todos os ensinamentos: o valor a longo prazo deve ser o principal critério a ponderar numa decisão, por mais que, no curto prazo, possa parecer difícil ou menos interessante.
Num contexto financeiro global, exposto às consequências de um mundo em ebulição – seja em razão dos conflitos na Europa e Médio Oriente, seja pela falta de consenso na resposta às questões climáticas, seja ainda pela evolução errática das políticas proteccionistas – considera que os Bancos Cooperativos estarão, mais uma vez, entre os mais robustos e resilientes para superar os grandes desafios?
Sem dúvida. O modelo de gestão que prevalece nos Bancos Cooperativos – em geral, sem os incentivos por vezes perversos que vemos noutro tipo de modelos de negócio – desenvolve-se na óptica de criação de valor a longo prazo e numa lógica de ligação às comunidades. Neste contexto, a pressão accionista é menos intensa, mas também a disponibilidade imediata de capitalização por accionistas não se coloca. Estes factores favorecem um modelo de negócio e de gestão tendencialmente mais conservador. Faço notar, além disso, a melhoria em geral dos modelos de governo e profissionalização, também motivados por imposição regulamentar ao longo dos últimos anos. Creio que, fundamentalmente por estes motivos, como vimos nas últimas crises, os Bancos Cooperativos apresentaram elevados níveis de robustez e resiliência – e a minha expectativa é de que assim continuem. A sociedade, como um todo, também ela privilegiará cada vez mais modelos em que a instituição financeira se relaciona e funciona, sobretudo, para o bem da comunidade. E isso tem tudo a ver com o nosso ADN.
Entretanto, o mundo vai fazendo o seu caminho, numa dinâmica imparável em várias latitudes e desenvolvimentos, designadamente no que reporta às novas opções energéticas, às novas soluções tecnológicas, aos impactos da Inteligência Artificial… Neste capítulo concreto, como se posiciona e que importância confere o Crédito Agrícola à IA?
Obviamente que temos de estar atentos. Não podemos deixar de investir nas tecnologias que nos parecem ganhadoras, transformadoras e que fazem sentido para nós e para os nossos Clientes. Em 2022/23 reforçámos a aposta em dados, analítica e IA, tendo para o efeito constituído um centro de excelência interno, ao mesmo tempo que reforçámos a nossa equipa interna e os meios externos dedicados. Temos em curso várias iniciativas com base em analítica avançada e em soluções de IA, de acordo com um roadmap prioritizado e sujeito ao escrutínio interno do ponto de vista da protecção de dados, da conformidade normativa e em linha com o nosso código de valores. É imperativo garantir que a utilização de recursos se processa conforme a nossa estratégia e o nosso ADN. E que da implementação dessas iniciativas resultam soluções úteis, éticas e responsáveis. Sabemos que o sector em que operamos está em permanente transformação, que o processo de desenvolvimento da IA tem sido mais rápido face às estimativas iniciais, mas queremos que essa transformação seja acompanhada pelas nossas pessoas, desde logo os Colaboradores, e realizada para as pessoas – Associados, Clientes e demais stakeholders. Em relação à transição energética, o Grupo tem vindo a promover e incentivar, junto de Clientes empresariais e famílias, a adopção de soluções energeticamente mais ágeis e eficientes. Isso tem resultado do financiamento em várias frentes, contemplando, principalmente, a produção de energia a partir de fontes renováveis, o reaproveitamento de resíduos em cadeias de produção alimentar de produtos intermédios ou de energia e, ainda, projectos empresariais que acomodam medidas para redução da pegada de carbono.
Para onde caminha e que novidades se perfilam na relação comercial do Grupo CA com os seus milhares de Clientes?
Os nossos Clientes e Associados, desde logo, e o desenvolvimento económico-social das suas comunidades são, objectivamente, a nossa razão de ser. As suas necessidades e o seu feedback estão no topo das nossas prioridades e no centro das nossas decisões. A personalização do atendimento e a proximidade – seja de forma digital ou à distância –, potenciadas pelo conhecimento do Cliente que nos caracteriza, manter-se-ão determinantes para o fortalecimento das relações duradouras e para a criação de valor mútuo. O essencial da nossa estratégia passa por aqui.
A personalização do atendimento e a
proximidade – seja de forma digital ou à distância –, potenciadas pelo conhecimento
do Cliente que nos caracteriza, manter-se-ão determinantes para o
fortalecimento das relações duradouras e para a criação de valor mútuo.
O essencial da nossa estratégia passa por aqui.